Acordo às 7 horas desta linda manhã para arrumar as coisas de que irei necessitar para o fim de semana que hoje começa: vou para o Caramulo :D Vou festejar os 24 anos do primaço Miguel. Regateio só um bocadinho com o despertador que apenas me deixou dormir umas míseras 5 horas e meia (ando a dormir mesmo pouco, não sei o que se passa comigo!). no outro dia, acordei a meio da noite a segurar o portátil (que, entretanto, já se tinha desligado) ao colo LOL Após arrumar tudo, até me despachei antes da hora, e despedir-me da famelga (por apenas 2 dias), o pai leva-me à estação, o que me dá um jeitaço porque a mala revelou-se mais pesada do que seria de esperar e ainda tinha de comprar o passe para o mês de Agosto que amanhã começa J Mal dou dois beijinhos ao pai, ele me diz para me portar bem e saio do carro, não é que ele arranca logo?? O que vale é que tive uma reacção rapidíssima, abri a porta de trás do carro e gritei “Espera que ainda não tirei a mala!” Não iria deixar de ser engraçado ele ter levado a mala :P aposto que nem iria reparar (o “cabeça de vento”, como a minha mãe lhe chama :P). Após comprar o passe (a primeira vez que o faço com o meu dinheiro) vou apanhar o comboio “procedente de Mira-Sintra Meleças e com destino a Alverca”. Como faço a partir de quarta feira desta semana, abro o livro de Mia Couto, “Cada Homem é uma Raça”, e consigo ler, exactamente, um capítulo, ou seja, fico a conhecer mais uma história (ou será “estória”?:’)) de alguém.
Logo à tarde, na viagem de comboio entre as estações do Oriente e de Aveiro espero conseguir acabar de ler o livro (faltam-me cerca de 60 páginas) à medida, claro, que vou apreciando a paisagem e pensando na vida :’) (estive agora a falar com a prima Nelita e quase me ia fazendo chorar por me estar a dizer que algumas pessoas da família não vão à comunhão da Lorena, e eu sou uma delas) . Ao sair do comboio em Entrecampos, apercebi-me que a minha mala está um bocadinho grande e que, por isso mesmo, muito provavelmente, não irei conseguir entrar com ela àquela hora no metro, que vem sempre bastante apinhado. Mas tudo correu bem J Não sei se foi por ter apanhado o metro anterior ao habitual ou se hoje se vai verificar aquele fenómeno anual onde quase todos os tugas vão levar a “carripana” para o trabalho, de modo a chegar mais rápido a casa e, deste modo, ir mais depressa de “vacances” visto que, para muitos deles, começa amanhã o tradicional mês das férias, em que as aldeias portuguesas se enchem de emigrantes e a fronteira de Vilar Formoso mais concorrida que nunca.
19h40: Oriente- Porto-Campanhã; carruagem 23, lugar 51 (à janela :P)
Agora vou aproveitar para acabar de ler o livro…não, melhor, vou aproveitar a paisagem enquanto é de dia ;) De referir que, foi com alguma dificuldade que pus a mala por cima do banco, sou pequenina :P A paisagem à saída de Lisboa não é nada de especial mas estou animada pois vou passar por Coimbra J
1ª paragem: V.F. Xira
Às 19h55 o primaço manda mensagem a dizer que às 22h lá estará na estação de Aveiro à minha espera, ao que eu respondo “Já estou a caminho!”.
Como vou voltada para trás, vejo a paisagem a ficar para trás em vez de ver o que ainda me aguarda.
Agora vê-se mesmo que estou no Ribatejo: gado e casas típicas à vista.
2ª Paragem: Santarém
Ai que me está a dar o soninho!! Aguenta firme Ju (sim Ju, porque neste fim de semana esta vai ser a minha identidade ;))
3ª Paragem: Entroncamento
Ai que, no outro dia, eu e o chefe viemos cá parar por engano, ou melhor, por influência dos mapas do google :P O sol já se pôs no horizonte, já vou passar por Coimbra de noite. Numa das portas da estação vejo uma placa que diz “sala de 2ª classe”. Discriminações destas, para mim, são impensáveis!
Oiço alguém a dizer “prontos” perto de mim, fico toda arrepiada com estes pontapés na gramática :P
21h11 Pombal, onde se situa a fábrica da Cuétara J
Estou a chegar a Coimbra (avisto o Fórum) ao mesmo tempo que recebo mensagem do primaço a dizer “Indo eu, indo eu, a caminho de Aveiro, vou buscar a primaça, ai Jesus que lá vou eu J”, primo maluco que eu tenho :P Que coincidência, mas eu não acredito em coincidências ;) São 21h34
Acabei o livro e devo estar prestes a chegar a Aveiro e não é que é anunciado “Dentro de momentos, chegaremos à estação de Aveiro” J Recebo mensagem do primaço a dizer “Já cheguei, estou cá fora no carro à tua espera”. E, agora, pergunto eu, cá fora onde?? Havia duas alternativas e quando isto acontece escolho sempre a alternativa errada :P Ainda me dirigi a um rapaz gordito que parecia o primaço mas, mal me aproximei, comecei-me a rir visto que me apercebi que, afinal, não era ele e cortei “mediatamente” para trás :D Dirigi-me à outra saída e ai sim estava o primaço de braços abertos à minha espera ;) Era já de noite mas ainda deu pra ver umas coisas em Aveiro, bonita aquela cidade, tenho mesmo de lá voltar com mais tempo ;) Após conversa fluente fiquei a saber que o companheiro, Emidio, do Miguel vem trabalhar para Lisboa para a Seda Group (empresa onde fizemos o trabaho de GO), não é uma grande coincidência? Mal chego a casa digo-lhe isto e apronto-me logo para o que for preciso que, neste momento, é arranjar casa. Mas, antes disto, e visto que o primaço disse que de casa dele a Aveiro eram 20km, eu estava sempre a perguntar “Ainda falta muito? Parece que já estamos a andar há tanto tempo!”, ao que o engenheiro responde “Pareces mesmo o burro do Shrek: já chegámos? Já chegámos?”, foi mesmo bem metida :D
Ao estacionar o carro, entramos pela garagem e, após ver motas e bicicletas, o que vejo? Uns patins em linha :D A primeira reacção foi logo perguntar de quem eram, “são do Emídio”, “Achas que posso andar, primaço? Quero ir para aquela rampa onde acabámos de passar :P ai que vou mandar um espalho tão grande :D”, “Eu acho que nem nunca foram usados!”. Ao entrar em casa, também ela o R/C esq., deparo-me logo com o Emídio, a quem revelo a coincidência e falo dos patins, a Marina, a seguir, abraço à primaça e só depois pouso a mala (que não estava nada leve) e cumprimento o Rui e o Victor, os restantes companheiros de casa do primaço. Após comer o bacalhau com batata, a primeira coisa que quero fazer é vestir umas calças de ganga J Em seguida, vamos a um bar muito agradável ali perto onde iríamos a uma festa de anos (mas só o Emídio sabia disto!). A rapariga à porta pergunta-nos “ Estão para a festa de anos?” e todos respondemos que não. Ela dá-nos o cartão do consumo e entramos. O Emídio diz “Então vocês disseram que não estamos para a festa de anos!? Mas estamos!” LOL de referir que, me estava a dar uma dor de barriga (deve ter sido da fatia d bolo de chocolate que o primaço me deu!) que tive de me ir sentar nuns sofazinhos muito confortáveis que lá estavam. As meninas Fatita e Marina fizeram-me companhia J A música estava agradável (anos 80) e a conversa também. “E agora? Vamos para a “estação da luz?”, diz o Emídio. Lá fomos e não é que foi o máximo? A melhor disco da zona de Aveiro, que em muito me fez lembrar o Prater Dome :’), excepto na música que não era anos 80. Só me lembro da Marina dizer “Olha a Tânia, estava quase a dormir e agora olha como está!” Ainda fui beber um cafezinho com a primaça para aguentarmos melhor aquilo J De seguida, e à ida para casa, ainda passamos numa padaria que às sextas feiras (que conveniente) vende um broa que vá lá vai. Broa quentinha que, no meio, leva manteiga, açúcar e canela. Parecíamos tão desesperados a comer aquilo :D A seguir, hora de dormir que fiquei acordada cerca de 23 horas naquele dia LOL (ando a fazer progressos!) Ou a cama era mesmo boa ou o sono era mesmo muito porque dormi mesmo bem J E as horas no tecto do quarto? BRUTAL e deram mesmo muito jeito ;) Lembro-me de acordar e pensar “Epa, acho que sonhei que vi as horas no tecto!”. Então não é que elas estavam lá mesmo??:P Acordámos umas horas depois, por volta do meio dia (descobrimos que tinha estado a chover, ou seja, acampamento e churrasco ficam para a próxima) e depois de preguiçar mais umas duas horas, o Miguel lá fez o almocinho (estava tão bom senhor engenheiro!), preguiçámos mais um bocado e lá fomos andar de patins (yupiii!), bicicleta e mota (ai que, que quando o primaço acelerava, em dava um friozinho na barriga :P). Depois de tanto esforço (:P), a barriga já estava a dar horas e lá vai o primaço comprar lanche para todos J A seguir, primaços, Emídio e Marina ficam a ver um filme mas aqui a Ju vai para o quarto descansar (ou melhor, arrochar um bocado :P). Quando acordei lá fui apanhar ar fresco para a varanda e comecei a preparar-me para o grande jantar que se avizinhava. A Marina entra no quarto toda sorridente e conta-me que também eles arrocharam a ver o filme :D “Eu nem 10 minutos aguentei e depois quando acordei perguntei onde está a Tânia?” Tão querida :’)
Fomos todos jantar a um restaurante chamado “O Papa Tudo” e eu papei, literalmente, tudo e mais alguma coisa, tal como todos os que lá estávamos :D Até música ambiente (pimba e kizomba) tinha! Mas neste dia regressámos cedinho a casa, não antes, claro, da entrega dos presentes aos aniversariantes J Um conjunto de higiene para a Marina, que foi cheirado por toda a gente :P; um pólo castanho para o primaço e uma camisa rosa para o outro aniversariante (não me lembro do nome dele). De referir que, todas as prendas tiveram direito a uma salva de palmas (é festa, é festa J). Também ainda fui alvo de um ataque de agressividade por parte da Marina XD Passo a resumir a situação: pois muito bem, estavam a Marina e o Emidio a falar comigo os dois ao mesmo tempo (nunca ouviram dizer que quando um burro fala o outrobaixa as orelhas??) e Tânia que preste atenção aos dois, não é?:P Mas eu nunca tive jeito nem cabeça para estas coisas e quando, apenas por momentos, presto atenção ao novo lisboeta oiço a Marina agressivamente :P dizer "Mas tu tas-me a ouvir?????" :D a única reacção foi "baixar as orelhas" (não era eu que o devia ter feito mas pronto :P) e pedir desculpa XD Chegados a casa, não demorámos muito a recolher visto que, no dia seguinte, temos almoçarada de família no Souto (Caramulo). Eu e os primaços ainda começamos a ver o filme “Ensaio sobre a cegueira”, o qual eu estava a considerar bastante interessante. Aguentei-me ainda bastante tempo J
Acordámos por volta das 9h40, dou a prenda ao primaço (uma moldura com a foto de nós os 3 em Viena J) e ele diz que a Mónica (sua irmã) irá chegar às 10 para seguirmos viagem. Assim foi, tomar o pequeno-almoço e “bora lá”. O Emídio acompanha-nos até lá em baixo para me entregar os patins J Vou no carro com a Mónica. Ela, logo ao início, diz “Isto são 45 min de viagem e 30 min são curva, contra-curva!”. Eu pensei logo “Ai que bebi leite e o leite às vezes não me cai nada bem!”. Mas correu tudo bem e acho que o facto de irmos sempre a tagarelar ajudou muito ;) Finalmente chegámos, a Mónica diz “Isto é o Souto”. Olho para a direita e vejo grande parte da encosta da serra do Caramulo e digo “ Que giro!”, ao que a Mónica responde “Achas isto giro??”. Vemos logo a cadela Nina que se atira a nós mal saímos do carro e vamos ter com ela. Só queria festa a malandra :P Dirigimo-nos depois à mãe do Miguel que já estava a tratar do nosso almocinho. Depois vemos o pai do Miguel e, depois de por a mesa, vamos dar uma volta curtinha ali mesmo pelas redondezas. Como umas amoras (“vou dizer ao teu pai que já namoras”:P) e aprecio mais um pouco da paisagem :D Vou também ao quarto do primaço e da Mónica (que linda paisagem!) e, entretanto, enquanto estamos a comer broa com manteiga na cozinha (ai como eu gosto!), o primaço vai buscar mais primaços e a sua avó J é com alegria que eu e a Fatita vemos o Tiaguito lá ao longe e corremos logo ao seu encontro :’) A Sónia e o Zé Luís vêm mais atrás e corro também ao encontro deles, feita maluca :D A festa estava mais que completa! Passado pouco tempo começamos a almoçar (ai que rico almocinho!). A mãe do primaço faz-me lembrar a minha mãe que, quando tem almoços em casa, está sempre preocupada com tudo e não se senta nem por nada :’) O Tiaguito estava tão tagarela :D Falava de tudo e mais alguma coisa, queria a atenção de todos e foi a estrela daquele almoço (ser a única criança tem destes previlégios). Quando acabei tive de ir refastelar-me no sofá de tão cheia que estava, parecia mesmo que estava grávida, aliás tenho fotos deste crime :P Lá nos levantámos todos e fomos ver os tão famosos rios de água pura da Serra do Caramulo. “Vamos a pé?”, ao que o anfitrião responde “Não, vamos na carrinha que já não há tempo para irmos a pé”. Pick up de caixa aberta, oh yeah :D Eu, claro, salto logo para a “parte aberta” e acompanham-me os primos Sónia e Zé Luís, o Toino (amigo do primaço) e a cadela Nina: LINDO! Adoro sentir aquele ar, aquela adrenalina, aquele espírito aventureiro e, claro, adoro ter de segurar o vestido para que este não voe e, melhor de tudo, ter de estar atenta e baixar-me, de vez em quando, para não ter de levar com um ramo agressivo nas fussas :D A Fatita ainda levou com um porque ia distraída a falar comigo, “É pior do que levar uma chapada de uma rapariga!”, dizia, divertido, o Toino J À medida que íamos parando e retomando a viagem mais gente vinha connosco atrás, acho que só a Mónica é que não se aventurou uma única vez J E aquela água não era assim tão fria, oh medrosos :P Só eu, o Tiaguito e a Nina é que tivemos coragem para molhar os pés ( a Nina molhou-se toda!) e não nos arrependemos ;) Aquilo é, realmente, uma maravilha da Natureza que não pode nem deve deixar de ser explorada (de certeza que voltarei um dia com mais tempo!). Mas a hora d abalar aproximava-se visto que a prima lisboeta teria de apanhar um autocarro em Viseu às 18h para voltar à sua vidinha na metrópole. Os primaços da Silvã city iriam fazer o favor de deixar-me na “cidade das rotundas”, a caminho de casa deles. Como ainda tínhamos muitas curvas e contra-curvas pela frente e não saímos assim como muito tempo de antecedência, foi à rasquinha que chego a Viseu, corro para a bilheteira, corro novamente para o carro e, finalmente, para o autocarro (sempre com os meus novos amigos patins atrás ;)). Em toda a viagem eles diziam “Acho que era para virar aqui à direita” e eu sempre “Têm a certeza que é por aqui? Aquela placa ali atrás dizia qualquer coisa IP3…” Ainda nos enganamos uma vez mas rapidamente resolvemos a situação, apanhámos Mercedes pela frente que iam, literalmente, a passear e, por isso mesmo, lhes custava muito passar dos 70/80 km/h. Lembro-me perfeitamente de pôr a cabeça de fora da janela e gritar “Tenho um autocarro para apanhar às 6” LOL não devo ter sido convincente o suficiente porque eles não mudaram de atitude :P Ao entrar na IP5, verificamos que o sentido correcto para nós seria o sentido contrário e o Zé Luís não vai de modas e faz ali mesmo inversão do sentido de marcha :D Ai um militar a fazer isto na estrada da morte, ainda por cima, com filha de polícia ao lado :D Lindo!! Até hoje, só não temos bem a certeza se passámos ou não uma dupla contínua ou não, mas a mim tudo me leva a crer que sim :P Depois de atingir os 90 km/h na “cidade das rotundas”, a Sónia só dizia “Vai devagar que vamos conseguir!” lol, lá chego à porta do autocarro, instalo a minha mala na bagagem no porta bagagens (os patins vão ao pé de mim!) e espero pelos primos, que foram estacionar o carro , para lhes dar um último abraço. Lá os vejo a correr na minha direcção, “Até daqui a 15 dias”, “Tiago dá cá um beijinho”. Lá “embarco”. Foi estranho apanhar o autocarro em Viseu, sem ter ido à Silvã…Após ter passado as 15 rotundas (acreditem que não são muitas), saio daquela cidade à qual voltarei dia 14 de Agosto J Até lá!!
Logo à tarde, na viagem de comboio entre as estações do Oriente e de Aveiro espero conseguir acabar de ler o livro (faltam-me cerca de 60 páginas) à medida, claro, que vou apreciando a paisagem e pensando na vida :’) (estive agora a falar com a prima Nelita e quase me ia fazendo chorar por me estar a dizer que algumas pessoas da família não vão à comunhão da Lorena, e eu sou uma delas) . Ao sair do comboio em Entrecampos, apercebi-me que a minha mala está um bocadinho grande e que, por isso mesmo, muito provavelmente, não irei conseguir entrar com ela àquela hora no metro, que vem sempre bastante apinhado. Mas tudo correu bem J Não sei se foi por ter apanhado o metro anterior ao habitual ou se hoje se vai verificar aquele fenómeno anual onde quase todos os tugas vão levar a “carripana” para o trabalho, de modo a chegar mais rápido a casa e, deste modo, ir mais depressa de “vacances” visto que, para muitos deles, começa amanhã o tradicional mês das férias, em que as aldeias portuguesas se enchem de emigrantes e a fronteira de Vilar Formoso mais concorrida que nunca.
19h40: Oriente- Porto-Campanhã; carruagem 23, lugar 51 (à janela :P)
Agora vou aproveitar para acabar de ler o livro…não, melhor, vou aproveitar a paisagem enquanto é de dia ;) De referir que, foi com alguma dificuldade que pus a mala por cima do banco, sou pequenina :P A paisagem à saída de Lisboa não é nada de especial mas estou animada pois vou passar por Coimbra J
1ª paragem: V.F. Xira
Às 19h55 o primaço manda mensagem a dizer que às 22h lá estará na estação de Aveiro à minha espera, ao que eu respondo “Já estou a caminho!”.
Como vou voltada para trás, vejo a paisagem a ficar para trás em vez de ver o que ainda me aguarda.
Agora vê-se mesmo que estou no Ribatejo: gado e casas típicas à vista.
2ª Paragem: Santarém
Ai que me está a dar o soninho!! Aguenta firme Ju (sim Ju, porque neste fim de semana esta vai ser a minha identidade ;))
3ª Paragem: Entroncamento
Ai que, no outro dia, eu e o chefe viemos cá parar por engano, ou melhor, por influência dos mapas do google :P O sol já se pôs no horizonte, já vou passar por Coimbra de noite. Numa das portas da estação vejo uma placa que diz “sala de 2ª classe”. Discriminações destas, para mim, são impensáveis!
Oiço alguém a dizer “prontos” perto de mim, fico toda arrepiada com estes pontapés na gramática :P
21h11 Pombal, onde se situa a fábrica da Cuétara J
Estou a chegar a Coimbra (avisto o Fórum) ao mesmo tempo que recebo mensagem do primaço a dizer “Indo eu, indo eu, a caminho de Aveiro, vou buscar a primaça, ai Jesus que lá vou eu J”, primo maluco que eu tenho :P Que coincidência, mas eu não acredito em coincidências ;) São 21h34
Acabei o livro e devo estar prestes a chegar a Aveiro e não é que é anunciado “Dentro de momentos, chegaremos à estação de Aveiro” J Recebo mensagem do primaço a dizer “Já cheguei, estou cá fora no carro à tua espera”. E, agora, pergunto eu, cá fora onde?? Havia duas alternativas e quando isto acontece escolho sempre a alternativa errada :P Ainda me dirigi a um rapaz gordito que parecia o primaço mas, mal me aproximei, comecei-me a rir visto que me apercebi que, afinal, não era ele e cortei “mediatamente” para trás :D Dirigi-me à outra saída e ai sim estava o primaço de braços abertos à minha espera ;) Era já de noite mas ainda deu pra ver umas coisas em Aveiro, bonita aquela cidade, tenho mesmo de lá voltar com mais tempo ;) Após conversa fluente fiquei a saber que o companheiro, Emidio, do Miguel vem trabalhar para Lisboa para a Seda Group (empresa onde fizemos o trabaho de GO), não é uma grande coincidência? Mal chego a casa digo-lhe isto e apronto-me logo para o que for preciso que, neste momento, é arranjar casa. Mas, antes disto, e visto que o primaço disse que de casa dele a Aveiro eram 20km, eu estava sempre a perguntar “Ainda falta muito? Parece que já estamos a andar há tanto tempo!”, ao que o engenheiro responde “Pareces mesmo o burro do Shrek: já chegámos? Já chegámos?”, foi mesmo bem metida :D
Ao estacionar o carro, entramos pela garagem e, após ver motas e bicicletas, o que vejo? Uns patins em linha :D A primeira reacção foi logo perguntar de quem eram, “são do Emídio”, “Achas que posso andar, primaço? Quero ir para aquela rampa onde acabámos de passar :P ai que vou mandar um espalho tão grande :D”, “Eu acho que nem nunca foram usados!”. Ao entrar em casa, também ela o R/C esq., deparo-me logo com o Emídio, a quem revelo a coincidência e falo dos patins, a Marina, a seguir, abraço à primaça e só depois pouso a mala (que não estava nada leve) e cumprimento o Rui e o Victor, os restantes companheiros de casa do primaço. Após comer o bacalhau com batata, a primeira coisa que quero fazer é vestir umas calças de ganga J Em seguida, vamos a um bar muito agradável ali perto onde iríamos a uma festa de anos (mas só o Emídio sabia disto!). A rapariga à porta pergunta-nos “ Estão para a festa de anos?” e todos respondemos que não. Ela dá-nos o cartão do consumo e entramos. O Emídio diz “Então vocês disseram que não estamos para a festa de anos!? Mas estamos!” LOL de referir que, me estava a dar uma dor de barriga (deve ter sido da fatia d bolo de chocolate que o primaço me deu!) que tive de me ir sentar nuns sofazinhos muito confortáveis que lá estavam. As meninas Fatita e Marina fizeram-me companhia J A música estava agradável (anos 80) e a conversa também. “E agora? Vamos para a “estação da luz?”, diz o Emídio. Lá fomos e não é que foi o máximo? A melhor disco da zona de Aveiro, que em muito me fez lembrar o Prater Dome :’), excepto na música que não era anos 80. Só me lembro da Marina dizer “Olha a Tânia, estava quase a dormir e agora olha como está!” Ainda fui beber um cafezinho com a primaça para aguentarmos melhor aquilo J De seguida, e à ida para casa, ainda passamos numa padaria que às sextas feiras (que conveniente) vende um broa que vá lá vai. Broa quentinha que, no meio, leva manteiga, açúcar e canela. Parecíamos tão desesperados a comer aquilo :D A seguir, hora de dormir que fiquei acordada cerca de 23 horas naquele dia LOL (ando a fazer progressos!) Ou a cama era mesmo boa ou o sono era mesmo muito porque dormi mesmo bem J E as horas no tecto do quarto? BRUTAL e deram mesmo muito jeito ;) Lembro-me de acordar e pensar “Epa, acho que sonhei que vi as horas no tecto!”. Então não é que elas estavam lá mesmo??:P Acordámos umas horas depois, por volta do meio dia (descobrimos que tinha estado a chover, ou seja, acampamento e churrasco ficam para a próxima) e depois de preguiçar mais umas duas horas, o Miguel lá fez o almocinho (estava tão bom senhor engenheiro!), preguiçámos mais um bocado e lá fomos andar de patins (yupiii!), bicicleta e mota (ai que, que quando o primaço acelerava, em dava um friozinho na barriga :P). Depois de tanto esforço (:P), a barriga já estava a dar horas e lá vai o primaço comprar lanche para todos J A seguir, primaços, Emídio e Marina ficam a ver um filme mas aqui a Ju vai para o quarto descansar (ou melhor, arrochar um bocado :P). Quando acordei lá fui apanhar ar fresco para a varanda e comecei a preparar-me para o grande jantar que se avizinhava. A Marina entra no quarto toda sorridente e conta-me que também eles arrocharam a ver o filme :D “Eu nem 10 minutos aguentei e depois quando acordei perguntei onde está a Tânia?” Tão querida :’)
Fomos todos jantar a um restaurante chamado “O Papa Tudo” e eu papei, literalmente, tudo e mais alguma coisa, tal como todos os que lá estávamos :D Até música ambiente (pimba e kizomba) tinha! Mas neste dia regressámos cedinho a casa, não antes, claro, da entrega dos presentes aos aniversariantes J Um conjunto de higiene para a Marina, que foi cheirado por toda a gente :P; um pólo castanho para o primaço e uma camisa rosa para o outro aniversariante (não me lembro do nome dele). De referir que, todas as prendas tiveram direito a uma salva de palmas (é festa, é festa J). Também ainda fui alvo de um ataque de agressividade por parte da Marina XD Passo a resumir a situação: pois muito bem, estavam a Marina e o Emidio a falar comigo os dois ao mesmo tempo (nunca ouviram dizer que quando um burro fala o outrobaixa as orelhas??) e Tânia que preste atenção aos dois, não é?:P Mas eu nunca tive jeito nem cabeça para estas coisas e quando, apenas por momentos, presto atenção ao novo lisboeta oiço a Marina agressivamente :P dizer "Mas tu tas-me a ouvir?????" :D a única reacção foi "baixar as orelhas" (não era eu que o devia ter feito mas pronto :P) e pedir desculpa XD Chegados a casa, não demorámos muito a recolher visto que, no dia seguinte, temos almoçarada de família no Souto (Caramulo). Eu e os primaços ainda começamos a ver o filme “Ensaio sobre a cegueira”, o qual eu estava a considerar bastante interessante. Aguentei-me ainda bastante tempo J
Acordámos por volta das 9h40, dou a prenda ao primaço (uma moldura com a foto de nós os 3 em Viena J) e ele diz que a Mónica (sua irmã) irá chegar às 10 para seguirmos viagem. Assim foi, tomar o pequeno-almoço e “bora lá”. O Emídio acompanha-nos até lá em baixo para me entregar os patins J Vou no carro com a Mónica. Ela, logo ao início, diz “Isto são 45 min de viagem e 30 min são curva, contra-curva!”. Eu pensei logo “Ai que bebi leite e o leite às vezes não me cai nada bem!”. Mas correu tudo bem e acho que o facto de irmos sempre a tagarelar ajudou muito ;) Finalmente chegámos, a Mónica diz “Isto é o Souto”. Olho para a direita e vejo grande parte da encosta da serra do Caramulo e digo “ Que giro!”, ao que a Mónica responde “Achas isto giro??”. Vemos logo a cadela Nina que se atira a nós mal saímos do carro e vamos ter com ela. Só queria festa a malandra :P Dirigimo-nos depois à mãe do Miguel que já estava a tratar do nosso almocinho. Depois vemos o pai do Miguel e, depois de por a mesa, vamos dar uma volta curtinha ali mesmo pelas redondezas. Como umas amoras (“vou dizer ao teu pai que já namoras”:P) e aprecio mais um pouco da paisagem :D Vou também ao quarto do primaço e da Mónica (que linda paisagem!) e, entretanto, enquanto estamos a comer broa com manteiga na cozinha (ai como eu gosto!), o primaço vai buscar mais primaços e a sua avó J é com alegria que eu e a Fatita vemos o Tiaguito lá ao longe e corremos logo ao seu encontro :’) A Sónia e o Zé Luís vêm mais atrás e corro também ao encontro deles, feita maluca :D A festa estava mais que completa! Passado pouco tempo começamos a almoçar (ai que rico almocinho!). A mãe do primaço faz-me lembrar a minha mãe que, quando tem almoços em casa, está sempre preocupada com tudo e não se senta nem por nada :’) O Tiaguito estava tão tagarela :D Falava de tudo e mais alguma coisa, queria a atenção de todos e foi a estrela daquele almoço (ser a única criança tem destes previlégios). Quando acabei tive de ir refastelar-me no sofá de tão cheia que estava, parecia mesmo que estava grávida, aliás tenho fotos deste crime :P Lá nos levantámos todos e fomos ver os tão famosos rios de água pura da Serra do Caramulo. “Vamos a pé?”, ao que o anfitrião responde “Não, vamos na carrinha que já não há tempo para irmos a pé”. Pick up de caixa aberta, oh yeah :D Eu, claro, salto logo para a “parte aberta” e acompanham-me os primos Sónia e Zé Luís, o Toino (amigo do primaço) e a cadela Nina: LINDO! Adoro sentir aquele ar, aquela adrenalina, aquele espírito aventureiro e, claro, adoro ter de segurar o vestido para que este não voe e, melhor de tudo, ter de estar atenta e baixar-me, de vez em quando, para não ter de levar com um ramo agressivo nas fussas :D A Fatita ainda levou com um porque ia distraída a falar comigo, “É pior do que levar uma chapada de uma rapariga!”, dizia, divertido, o Toino J À medida que íamos parando e retomando a viagem mais gente vinha connosco atrás, acho que só a Mónica é que não se aventurou uma única vez J E aquela água não era assim tão fria, oh medrosos :P Só eu, o Tiaguito e a Nina é que tivemos coragem para molhar os pés ( a Nina molhou-se toda!) e não nos arrependemos ;) Aquilo é, realmente, uma maravilha da Natureza que não pode nem deve deixar de ser explorada (de certeza que voltarei um dia com mais tempo!). Mas a hora d abalar aproximava-se visto que a prima lisboeta teria de apanhar um autocarro em Viseu às 18h para voltar à sua vidinha na metrópole. Os primaços da Silvã city iriam fazer o favor de deixar-me na “cidade das rotundas”, a caminho de casa deles. Como ainda tínhamos muitas curvas e contra-curvas pela frente e não saímos assim como muito tempo de antecedência, foi à rasquinha que chego a Viseu, corro para a bilheteira, corro novamente para o carro e, finalmente, para o autocarro (sempre com os meus novos amigos patins atrás ;)). Em toda a viagem eles diziam “Acho que era para virar aqui à direita” e eu sempre “Têm a certeza que é por aqui? Aquela placa ali atrás dizia qualquer coisa IP3…” Ainda nos enganamos uma vez mas rapidamente resolvemos a situação, apanhámos Mercedes pela frente que iam, literalmente, a passear e, por isso mesmo, lhes custava muito passar dos 70/80 km/h. Lembro-me perfeitamente de pôr a cabeça de fora da janela e gritar “Tenho um autocarro para apanhar às 6” LOL não devo ter sido convincente o suficiente porque eles não mudaram de atitude :P Ao entrar na IP5, verificamos que o sentido correcto para nós seria o sentido contrário e o Zé Luís não vai de modas e faz ali mesmo inversão do sentido de marcha :D Ai um militar a fazer isto na estrada da morte, ainda por cima, com filha de polícia ao lado :D Lindo!! Até hoje, só não temos bem a certeza se passámos ou não uma dupla contínua ou não, mas a mim tudo me leva a crer que sim :P Depois de atingir os 90 km/h na “cidade das rotundas”, a Sónia só dizia “Vai devagar que vamos conseguir!” lol, lá chego à porta do autocarro, instalo a minha mala na bagagem no porta bagagens (os patins vão ao pé de mim!) e espero pelos primos, que foram estacionar o carro , para lhes dar um último abraço. Lá os vejo a correr na minha direcção, “Até daqui a 15 dias”, “Tiago dá cá um beijinho”. Lá “embarco”. Foi estranho apanhar o autocarro em Viseu, sem ter ido à Silvã…Após ter passado as 15 rotundas (acreditem que não são muitas), saio daquela cidade à qual voltarei dia 14 de Agosto J Até lá!!
cum raio, essa ultima parte foi de cortar a respiração:)
ResponderEliminarfoi um bom fds primaça, haver + e + :)
Estou toda orgulhosa por dizeres que me achas parecida com o Markl na forma como falo da vida :') se calhar é porque somos duas pessoas simples que sentem prazer a escrever e partilhar coisas simples mas que, para eles, têm grande importância ;)
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